Imagine como seria se comprar um par de óculos envolvesse várias idas ao consultório do oftalmologista e inúmeros ajustes finos? O tempo envolvido e as incertezas em relação ao produto poderiam fazer você desistir de comprar os óculos, apesar da oportunidade de enxergar melhor com eles. 

Embora a maioria das pessoas que usa óculos não enfrente esse desafio, o mesmo não é verdadeiro para as pessoas que dependem de aparelhos auditivos. Como audiologista e treinadora, Leah Vusich compreende como a adaptação aos aparelhos auditivos pode ser um processo longo e repetitivo, especialmente para pessoas com perda auditiva severa a profunda.

Eles são conhecidos como pacientes “Super Power” pelos tipos de aparelhos auditivos que usam, mas sua individualidade é incompatível um simples rótulo. Esses pacientes têm idades variadas e estão em fases diferentes da vida, com necessidades e preferências diversas. Com experiência anterior com a amplificação, eles sabem o que querem ouvir e como querem ouvir — dados que não estão disponíveis em um audiograma. 

Cada paciente tem suas próprias expectativas e preferências quando se trata de adquirir aparelhos auditivos novos. Alguns pacientes desejam os recursos mais recentes, como redução de ruído, microfones direcionais e processamento de som completo. Outros simplesmente desejam a máxima amplificação disponível. Muitos querem um pouco dos dois.

No entanto, esses pacientes representam apenas cerca de 5–10% do total de casos típicos de um fonoaudiólogo (HHCP); portanto, mesmo os profissionais mais qualificados não têm necessariamente muita experiência com aparelhos auditivos Super Power. O processo de adaptação ao Super Power é diferente, porque esses pacientes contam com seus aparelhos auditivos em seu dia a dia.

Não é de se admirar que, em uma pesquisa recente com 300 fonoaudiólogos*, as palavras “desafiadora” e “frustrante” estejam no topo da lista ao descrever a experiência de adaptação ao Super Power. Começar com uma configuração padrão no software de adaptação não foi suficiente —quase 70% dos entrevistados* afirmaram que precisaram alterar essas configurações para melhorar a aceitação do primeiro ajuste. Devido à variação nas preferências de processamento de som dos pacientes, muitas vezes são necessários muitos ajustes finos e consultas de acompanhamento para chegar ao ajuste final. 

Como Gerente de produtos da Unitron, Leah reconheceu que criar um aparelho auditivo superior com tecnologia avançada era apenas parte da solução. Melhorar a experiência de adaptação em si seria fundamental para o paciente — e para o HHCP.

“Nós nos perguntamos: como podemos facilitar o processo de adaptação ao Super Power?” diz Leah.

“Queríamos que a nossa nova solução reduzisse o aspecto desafiador para que os pacientes e profissionais pudessem desfrutar da parte recompensadora”, diz Vince Yang, Gerente de produtos da Unitron. “Isso direcionou nossas decisões de design: o foco era diminuir o tempo exigido dos fonoaudiólogos para que eles pudessem se concentrar nos seus pacientes em vez do software.” 

Leah  sabia que um grupo de pacientes tão diverso também precisaria de pontos de partida diferentes. Ela se perguntou se o processo de adaptação do Super Power poderia ser melhorado com o uso de um software. 

Ela teve a ideia de adicionar ajustes predefinidos do Super Power baseados em evidências ao software de adaptação TrueFit Unitron v3.7. Cada ajuste predefinido do Super Power oferece uma configuração específica de recursos de processamento de som para um melhor ajuste inicial, que pode ser alterada a qualquer momento e configurada posteriormente.

O que os fonoaudiólogos acham dessa solução? Na pesquisa, surpreendentes 95% dos entrevistados* afirmaram que a maior satisfação do paciente era o benefício mais importante desse recurso, quase empatado com a melhor aceitação inicial de ajuste. A maioria dos entrevistados também previu consultas de acompanhamento mais breves e em menor quantidade com o uso dos ajustes predefinidos.

A decisão de quais configurações seriam aplicadas a cada ajuste predefinido não foi tomada dentro de uma sala de reuniões. A Unitron fez parceria com o National Center for Audiology da Western University para obter informações do mundo real dos pacientes. Os dados dos estudos de campo forneceram as evidências para as configurações finais. 

Vince  trabalhou com fonoaudiólogos para testar o software.

“Fiquei muito surpreso com a facilidade com que as sessões de ajuste ocorreram. Os pacientes ficaram satisfeitos logo no primeiro dia, e uma ótima experiência foi alcançada com poucos ajustes”, diz Vince. “Os ajustes predefinidos realmente fizeram a diferença na aceitação do primeiro ajuste. Eles oferecem confiança até mesmo para processos de adaptação potencialmente difíceis.”

Os três ajustes predefinidos do Super Power para o novo Max, uma família de aparelhos auditivos Super Power, incluem:

  • Clássico: uma abordagem consagrada pelo tempo ao processamento de som, com pouco ou nenhum processamento de sinal e nenhuma direcionalidade.
  • Convencional: uma abordagem mais convencional à amplificação mais processamento de sinal moderado e alguma direcionalidade.
  • Atual: os recursos “mais recentes e melhores”, com processamento de sinal avançado e direcionalidade binaural. 

“A escolha de ajustes predefinidos do Super Power no Max oferece um melhor ponto de partida e reduz o número de etapas necessárias para oferecer aos pacientes a experiência inicial que eles esperam”, diz Leah. “Nosso objetivo com o Max é facilitar a vida, e isso começa logo no primeiro ajuste.”

* Pesquisa Anovum (2018) Unitron Max Super Power n=294