Nome: Henry Luo

Cargo: cientista chefe

Som favorito: pássaros cantando

Para Henry Luo, não há nada como jogar uma partida de golfe depois de uma semana agitada. Não apenas pelo exercício físico, mas também pelo desafio de melhorar continuamente sua técnica de jogo.

Essa é uma abordagem que ele leva para o trabalho também. “Quando você tem uma ideia para uma nova tecnologia, esse é o seu objetivo, assim como o buraco que você quer acertar no golfe. Cada vez que iniciamos um projeto, começamos com o que queremos alcançar e, então, buscamos a estratégia e a tecnologia necessárias para fazer isso acontecer.”

E Henry sabe como cumprir metas. Ele vem de uma longa geração de médicos, e originalmente sonhava em se tornar um médico também. Em vez disso, ele seguiu carreira em engenharia biomédica, determinado a usar sua formação em engenharia para ajudar as pessoas. Sua carreira o levou para o mundo. Ele cresceu na China, estudou na Inglaterra e trabalhou no Japão e nos Estados Unidos antes de vir para o Canadá para liderar a equipe da Unitron.

“Eu estava trabalhando com navegação e sonares para a área militar, mas desejava empregar meus esforços para ajudar as pessoas a ouvir melhor. Naquela época, a tecnologia dos aparelhos auditivos era muito simples”, lembra Henry. “Ainda não existiam aparelhos auditivos digitais. Eu sabia que havia uma grande necessidade de uma nova tecnologia digital; era onde eu queria inovar.”

Na Unitron, Henry lidera uma equipe que colabora com diversas áreas da empresa, incluindo engenheiros, audiologistas e integração de sistemas com software e hardware, sem mencionar as pessoas com perda auditiva. Eles também fazem parceria com pesquisadores de universidades em estudos avançados.

Uma de suas conquistas premiadas? Em 2013, Henry recebeu o prêmio de Inovação Manning pela tecnologia antichoque — um recurso que permite que um aparelho auditivo detecte e suavize automaticamente o impacto de um som agudo e repentino, como uma faca caindo em um prato. Hoje, ela é utilizada em mais de 20 milhões de aparelhos auditivos.

Porém, não são os elogios que Henry almeja. “Fico muito feliz em ver as pessoas se beneficiando do nosso trabalho. Não apenas para ajudá-los a ouvir melhor, mas também para proteger sua audição.”

“Estamos descobrindo novos caminhos para tornar os aparelhos auditivos inteligentes o suficiente para sempre saber onde você está, em que tipo de ambiente está e onde está o locutor alvo”, explica Henry. “Por exemplo, os aparelhos auditivos tradicionais sempre presumem que o locutor está na sua frente, mas a vida real não é assim.”

Atualmente, Henry e sua equipe continuam pioneiros em novas tecnologias para aparelhos auditivos. Eles estão usando inteligência artificial para enfrentar alguns dos maiores desafios das pessoas com perda auditiva, como acompanhar conversas em ambientes barulhentos e perceber de qual direção o ruído vem.

“Estamos desenvolvendo a tecnologia para permitir que as pessoas ouçam melhor. Talvez até melhor do que aqueles sem perda auditiva. Não é apenas um projeto e uma tecnologia”, diz Henry. “É uma filosofia de continuar inovando para ajudar as pessoas.”